Quem sou?
As vezes não sei quem sou...
Muito menos consigo compreender a vida, parece que há uma distância infinita entre meu eu e o que sou... meu eu e o teu eu...
Busco respostas no céu... nas nuvens... no vento, nada encontro a não ser lamentos...
Então minha esperança vai tomando asas e se perde... e se vai em busca da aurora.
Em busca de alento.
Em busca da luz que julgava merecer.
Dentro de mim tudo se confunde, tudo vai ficando nublado e triste.
A minha musica vai silenciando... diminuindo o compasso e o ritmo.
E são esses momentos sóbrios, que me fazem ver o quanto a vida dói.
As vezes olho para o céu e sinto que a vida é uma nuvem vaporosa e solta a envolver meu ser de suave alento.
Porém, outras vezes é uma nuvem triste e sombria de cores funestas a envolver o meu dia.
Ah! Grito estranho e forte que rompe do peito estranho e forte que rompe do peito que alcança o universo!
Que transforma vida num doce rio que canta suave dentro da gente...
Porém, ás vezes, vi dentro e sem medidas... Arrasta tudo sacrificando a vida...
Ah! Indagação cruel que ma fustiga a mente...
Que maltrata meu ser impiedosamente.
Eu quero ser livre... eu tento, insisto... mas sinto as amarras que me prendem abrigando-se a viver nesse eterno conflito.
Preciso identificar meu eu da muitas perguntas e poucas respostas...
Preciso analisar meu ser de muitos caminhos e poucos a certos...
O que será que transforma brisa em vento?
Céu em tormenta? Riso em pranto?
O que será que libera no mundo com justas e injusta medidas a dor, o pranto, a alegria, o sonho?
O que será que fecha... que guarda que prende e liberta a dor do existir?
A chave... cadê a chave que abre a alma... que fecha o coração... que impede a entrada de tudo o que é triste... de tudo que é ilusão.
A chave...eu quero a chave que abre a prisão que liberta o sonho que há em mim... que liberta o sonho que há em ti...
E que nos traga a paz tão sonhada.
Eu quero ser folha que desliza mansa.
Quero sorrir para sempre orvalhada, nas manhas de sol, nas manhas floridas. Eu quero ser folha a dançar com o vendo sem medo da morte, sem medo de nada.
Pois que a vida deve ser o que é... simplesmente vida!
Não quero da vida a tristeza sina de temer o futuro e fugir de si mesmo.
Eu quero os riscos que a vida contém... Eu quero aprender a ser brisa também.
Eu bem queria ser da ponte os pilares mantendo-a firme e suspensa nos ares.
Eu bem queria ser da terra a planta viçosa e verde... promessa de paz.
Mas olho para mim e me vejo vazia cansada de tudo e sem alegria.
Parece que o rio que cantava dentro de mim
Emudece.. secou...
Sem musica tudo ficou sombrio... sem cor vestido de cinza, coberto de dor.
Nunca pensei que a vida se tornasse um remédio amargo e ser ingerido. Todo os dias de hora em hora...
Sem direito a troca, sem direito a recusa.
Ai! Quero dizer, mas não me atrevo.
Ai! Quero dizer, mas sei que não devo.
Não compreenderiam... Ninguém compreenderia esta revolta calada contra o que me toma.
Eu não sou eu... não sei quem sou...
(Em musca do autor)
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