Frio
Frio! Sinto frio, um frio que dói.
Frio de amar e não ser amada!
Frio de nascer, viver e nada ser!
Frio nos ossos, na carne, na alma!
Frio amargo de ver o que vejo: ruas sem gente, almas sem cor, olhos sem brilho, boca sem riso, corações sem amor...
Guerras aflitas de gente, que é gente e fica pó, terra, infinito!
Ah! tremo de frio e de fome, fome de amor, de vida.
Fome de ser uma flor que não vai morrer! Trágicos sonhos de uma noite fria trajeto sem fim, sem movimento, sem motivos, sem chegada.
Eu procuro uma estrela, uma estrada, não encontro, não vejo nada.
Frio...
(Em busca do autor)
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