Vígilia
O sono é incontestavelmente um ato individual, generalizando, podemos dizer que passamos metade de nossas vidas em estado de repouso e portanto sozinhos.
O que faz do sono um ato de fé, fé de que acordaremos no dia seguinte, tomaremo o café da manhã, escovaremos os dentes e retomaremos nossas atividade diárias sem que nossa identidade tenha sido violada, ou melhor, que a nossa consciência que temos de nós não tenha sido alterada, a ponto de não sabermos quem somos na manhã seguinte.
Cremos piamente em nossa consciência e consideramos que somos essa consciência, mas todas as noites nos vemos desconectados dessa consciênci, deste estado de vigília e não sabemos para onde ela vai, o que acontece com este EU que achamos que nos identifica e nos define. Talvez sejamos mais do que acha-mos que somos mais do que dese-jos, mais do que razão, mais do que um nome e um nº, mais do que a consciência que temos em nós.
Calmos e tranquilos repousamos, embalados no berço do abismo.
(Em busca do autor)
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